Edição 2018

Veja aqui os finalistas das edições anteriores e se precisar de mais informações entre em contacto connosco.

Juntos vamos levar estas e outras boas práticas a todas as escolas!

FINALISTAS e Menção Honrosa (POR ORDEM ALFABÉTICA)

Celso Costa

Professor de Ciências e Humanidades do 3.º Ciclo e Secundário, ensino privado, no Porto.

Desenvolveu um programa, o “CSS Program”, que é um programa direcionado para o treino de competências transversais que possam capacitar alunos, neste momento entre o 9.º e o 12.º ano de escolaridade, para uma adaptação bem-sucedida ao mercado de trabalho. Decorrendo de um trabalho de investigação e desenvolvimento fundamentado em várias áreas e modelos da Psicologia (e.g. Psicologia Positiva, Psicologia da Performance, abordagens Cognitivo- Comportamentais e Construtivistas), alicerçado no conhecimento atualizado das Neurociências, e complementado com a experiência no contexto da Educação, o programa consiste em 30 sessões, uma sessão por semana de 90 minutos, que têm lugar após o horário escolar e ao longo do ano letivo. Centrando-se no desenvolvimento pessoal e académico dos alunos, o CSS Program é orientado pela potenciação de seis objetivos específicos: inteligência emocional, auto-estima & auto-confiança, empowerment (empoderamento), resiliência, bem-estar subjetivo e desempenho académico. Os resultados são extraordinários e muito diferenciadores.

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Dulce Gonçalves

Professora do Ensino Especial do 3º ciclo e secundário, ensino público, no concelho de Loures.

O programa “Mentes Sorridentes” foi criado e desenvolvido para treinar a comunidade escolar a gerir e autorregular as emoções e a ansiedade, a focar a sua atenção e concentração, contribuindo para a melhoria do desempenho académico e profissional. Crianças, jovens e adultos são convidados, ao longo de oito semanas, a realizarem exercícios de mindfulness que estimulam o seu bem-estar, sendo avaliado e partilhado o impacto desta intervenção com toda a comunidade educativa. Vide https://mentessorridentes.pt/ Os resultados até agora obtidos, e cientificamente atestados, evidenciam melhorias na atenção, concentração, na gestão de problemas emocionais e comportamentais, no controlo da ansiedade de desempenho, na diminuição da impulsividade e um maior prazer nas relações e maior sentido para a vida (Gonçalves, 2018). As parcerias desenvolvidas com entidades diversas (Centro de Neurodesenvolvimento dos Hospitais Beatriz Ângelo e Garcia de Orta, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, Associação Portuguesa para o Mindfulness, entre outras) revelam, igualmente a importância que o programa vai assumindo na área educativa. É de realçar que os níveis de saúde mental influenciam a transição bem-sucedida, o sucesso académico e o desempenho académico, pelo que ações deste género podem contribuir para melhorar o ambiente escolar.

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Jaime Rei

Professor de Ciências e Robótica do 7.º e 8.º anos, ensino público, em Torres Vedras.

O ensino das ciências e tecnologia, nomeadamente das ciências da computação e robótica, para além do conhecimento multidisciplinar que esta área abrange, só por si é motivador para a curiosidade dos jovens de hoje. O desenvolvimento de projetos tecnológicos é também uma forma de integrar alunos com mais dificuldades de integração na escola, mais tímidos, por vezes com alguns problemas de comportamento e também como forma de motivação para o sucesso escolar. O facto de ter alunos vencedores em concursos nacionais e internacionais consecutivamente desde 2008, nomeadamente alunos premiados no prémio Ciência na Escola da Fundação Ilídio Pinho, assim como desde 2007 alunos consecutivamente campeões nacionais em várias modalidades de robótica, onde muitos deles se sagraram campeões mundiais por treze vezes no RoboCup – Campeonato do Mundo de Robótica, contribui para a divulgação das boas práticas desenvolvidas, o que só por si é um elemento catalisador de responsabilidade e sucesso nos novos alunos. A possibilidade de criar projetos em que os alunos se sintam úteis na sociedade, assim como proporcionar aos alunos a possibilidade de serem os atores principais na construção dos materiais e saberes a desenvolver nos projetos, é altamente transformadora na forma como os alunos se realizam e na forma como olham para a escola.

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Joana Simas

Professora de História do 5.º e 6.º anos, ensino privado, na Amadora.

Trabalha a integração crescente da tecnologia nos projetos que desenvolve ao redor do currículo de História e Geografia de Portugal. Divide os conteúdos programáticos em sete trabalhos de projeto que começam com a definição dos objetivos (previstos no currículo e que são facultados aos alunos) e culminam com uma apresentação; os grupos são formados democraticamente, dando aos alunos o poder de decisão (sempre com o seu aval); para cada projeto, é sugerida uma aplicação ou plataforma tecnológica. Os alunos trabalham tópicos como a Revolução Francesa, recriando batalhas em Minecraft, criam bandas desenhadas no Comics Head para representar a Revolução Liberal ou animações no PuppetMaster para recriarem a Queda da Monarquia e a Instauração da República. A interdisciplinaridade também ocorre em muitos momentos; já foram desenvolvidos projetos com temas como o Iluminismo que se interligam com as Ciências (circuitos elétricos), ou o Cerco de Lisboa com Matemática (funções quadráticas). Ao longo dos projetos, os alunos trabalham autonomamente mas com orientação. Os cursos que desenvolveu na plataforma iTunes U, incluem vídeos tutoriais, apresentações, sínteses, mapas conceptuais, entre outros.

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José Teixeira

Professor de Ciências, no Secundário, ensino público, em Chaves. (VENCEDOR EDIÇÃO 2018)

Criação do “Clube do Ensino Experimental das Ciências” (CEEC), em 2006, para os alunos do ensino secundário. O CEEC trabalha em articulação com o ensino formal e tem como principais objetivos aprofundar conhecimentos experimentais, com aplicação na resolução de problemas da comunidade e promover o empreendedorismo dos alunos. Foram desenvolvidos vários projetos com impacto na comunidade e com custos reduzidos como, por exemplo, “Evitar os Incêndios em Portugal”, “Regar com a Humidade do Ar” e “Física e Química Experimental para os mais Pequenos”. É promovida a articulação de conteúdos desde o pré-escolar ao ensino universitário. As atividades desenvolvidas permitiram obter vários prémios, promover a formação de professores, melhorar as notas dos alunos nos exames e inspirar os alunos a seguirem carreiras científicas, estando alguns a trabalhar em empresas de topo mundial.

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Maria João Passos

Professora de Matemática e Ciências, 5º e 8º anos, ensino público, em Ponte de Lima.

A utilização dos surfaces com caneta (pen), dos telemóveis e das aplicações educacionais do office 365 (Microsoft) permitiram-lhe desenvolver práticas educacionais mais inovadoras e motivadoras para os alunos no ensino da Matemática. Desenvolve workshops com os encarregados de educação com o intuito de os elucidar, através da metodologia de trabalho que utiliza, do modo como podem ajudar os seus educandos a estudar em casa bem como a aprenderem, cada um ao seu ritmo. Desenvolveu um método de avaliação cooperativa permitindo aos alunos partilhar o conhecimento de cada um em prol de todos.

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Maria Francisca Serra

Professora do 1.º Ciclo, ensino privado, em Lisboa.

Desenvolve uma abordagem que parte da fusão entre a Ciência e a Criatividade: tudo começa por adotar uma atitude, independente dos alunos ou do contexto, que valoriza a capacidade de criar relações inesperadas entre conteúdos distintos. Passa pela criação de um ambiente quase utópico em sala de aula, assente no respeito e na liberdade, estimulando os alunos a propor hipóteses, experimentar teorias, debater ideias, inventar soluções. Funde as ciências com a literatura e as artes, numa aprendizagem emocional, criativa e apaixonante onde impera a imaginação e a capacidade de se envolver com os assuntos, pluridisciplinarmente. No âmbito deste conceito foram desenvolvidas várias estratégias concretas e atividades. Acredita que importa cada vez mais falar a mesma língua, deixar cair os muros dos conteúdos pré-definidos. Não se pode falar de matemática e ignorar as suas ligações com a biologia, a língua e, até, com a emoção. Se por um lado se devem usar as ferramentas tecnológicas quando estão disponíveis (blogs, quadro interactivo, etc), por outro deve-se dar um passo atrás e olhar para a forma como a aprendizagem era encarada na época do renascimento: a polimatia, como domínio amplo (e não estanque) de várias áreas do conhecimento, mesmo que aparentemente não relacionadas, ganhará cada vez mais presença. Para além disso, estimular a autonomia, a capacidade de questionar e de empreender, com recurso a ferramentas emocionais e à inteligência prática. Resumindo em poucas palavras aquilo que acredita ser a educação do futuro, seria isto: polimatia; criatividade; inteligência emocional e prática; empreendedorismo; fascinação; amor; respeito. Os resultados do seu trabalho são amplos e altamente reconhecidos.

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Maria Cristina Simões

Professora de Ensino Especial, 1º ciclo, ensino público, em Tondela.

Trabalha práticas educacionais inovadoras, pois assentam na implementação do constructo da QV aos alunos que apoia, com base em oito domínios: desenvolvimento pessoal, autodeterminação, relações interpessoais, inclusão social, direitos, bem-estar emocional, bem-estar físico e bem-estar material. Como metas, pretende desenvolver a independência, a participação social e o bem-estar dos seis alunos da UAM com quem trabalha. Este modelo tem vindo a ser amplamente trabalhado em termos internacionais. A aplicação do constructo da Qualidade de Vida (QV) tem produzido excelentes resultados na sala de aula. Os discentes que apoia têm critérios de avaliação específicos, definidos nos seus Programas Educativos Especiais (PEI), na medida em que são alunos com multideficiência, com graves dificuldades no acesso ao currículo, dos quais dois têm doenças degenerativas. O sucesso das suas aprendizagens é de 100% e a qualidade de sucesso é de 96,77% , sendo alunos que gostam da escola, sentem-se felizes e muitas vezes não querem ir para casa.

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Nelson Soares

Professor do pré-escolar, ensino público, em Ponta Delgada.

Na qualidade de educador de infância, desenvolveu investigação-ação em contexto de sala de atividades, tendo em conta problemáticas que ia encontrando junto dos alunos. As questões alusivas ao género e à cidadania entram na escola por intermédio das crianças, integrando o quotidiano escolar. Porém, subsistem dificuldades na sua abordagem, bem como muitas vezes este assunto é “esquecido”. Para colmatar estes pontos, criou um conjunto de atividades, visando a desconstrução de estereótipos de género. Confrontado com o número reduzido de literatura infantil, a fim de desmontar estereótipos junto das crianças, construiu uma história, intitulada Pipi e Popó – Apenas para quem educa! e a inventariar um conjunto de objetivos e propostas de atividades com base na exploração da narrativa. A aplicação destes conteúdos tem tido bastante impacto e têm-se revelado muito transformadores.

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Rosa Oliveira

Professora de Português, 3º ciclo e Secundário, ensino público, em Aveiro.

O projeto que desenvolve, “Narrativas de Vida”, tem por objetivo ajudar os alunos a lidar com os seus problemas, comprometendo-os com a escola, a família e comunidade. Numa abordagem inclusiva, ensino muito mais do que português. Dinamiza oficinas de escrita com base nas suas memórias/histórias da vida, permitindo conhecer melhor os alunos. Tem desenvolvido desde 2010 um método de investigação que auxilia a suplantar a escolarização com imaginação e criatividade, dando aos alunos a possibilidade de terem acesso à sua vocação literária natural e de recuperar o gosto por aprender, através do ‘educurar’, isto é, educar e ao mesmo tempo curar. “Narrativas de Vida” é um projeto para melhorar atitudes e valores e aproveitamento escolar. Esta iniciativa teve um impacto importante nos resultados da turma. O curso inclui um estágio profissional em hotéis e uma prova de aptidão profissional. No final obtiveram como média de estágio: 18 valores; média da PAP: 17 valores. Duas alunas tiveram nota máxima no estágio e uma aluna teve a pontuação máxima na PAP. Nas sessões, os alunos são encorajados a cultivar um pensamento mais amplo e a desenvolver a sua inteligência emocional e espiritual, a atuarem positivamente e de forma proativa na sua realidade, usando não apenas o seu lado racional, mas também a sua multidimensionalidade, potencial criativo, talento e intuição.

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