
Edição 2021
Veja aqui os finalistas das edições anteriores e se precisar de mais informações entre em contacto connosco.
Juntos vamos levar estas e outras boas práticas a todas as escolas!
FINALISTAS e Menção Honrosa (POR ORDEM ALFABÉTICA)

ANABELA ROSA AREIAS
Professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico na Escola Básica Mem Martins do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, em Sintra. É na pedagogia de Waldorf que centra as suas práticas educacionais e efetivas, partindo de vários princípios, como o trabalho em prol da tendência natural das crianças para serem ativas, da valorização das experiências sensoriais nos primeiros anos de vida e da importância de viver a vida ao ritmo das estações do ano. Algumas metodologias podem ser exemplificadas através de atividades como a realização de pinturas a giz sobre diferentes temáticas, a escrita com recurso a lápis de cor ao invés do tradicional carvão, o início do dia ao som de ritmos diversos, a aprendizagem de instrumentos musicais como a flauta de bisel, desenvolvimento de competências como tricô, pintura em aguarela e modelagem com cera de abelha.
Por sentir a necessidade de promover e divulgar tal pedagogia junto de mais agrupamentos e também nas Escolas Superiores de Educação, a professora escreveu o seu primeiro livro: 1…2…3… Aqui vou eu!

BRUNO MIGUEL CAVACO GOMES
Professor de Educação Física, ensina alunos do Ensino Secundário Regular do Agrupamento de Escolas João de Deus, Faro. Há 19 anos que implementa projetos de sua autoria (“Pinheiríadas” e “Francisquíadas”), este ano com o nome de “Licíadas”. Através destes projetos, que consistem em concursos culturais e desportivos, o docente procura envolver outros professores, alunos de vários anos de escolaridade e familiares. Esta resposta irreverente e inovadora pretende que atividades não curriculares e curriculares coexistam num sistema de ensino que formate menos e humanize mais.
Depois de 19 anos a implementar estes projetos nas escolas, o professor acredita que os alunos se conectam e entendem o conceito de unir esforços em torno de um objetivo comum, valorizam o trabalho em equipa, aprendem a ceder, a exigir e a negociar coletivamente. Acredita também que lhes abre os horizontes culturais estimulando a criatividade e cria um sentimento de partilha e de identificação em relação às suas escolas.

CÉLIA MARIA BORGES PRATA
Professora de Educação Especial e coordenadora da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva e formadora, leciona no 3.º ciclo, secundário regular e profissional na Escola Secundária Quinta das Palmeiras, na Covilhã.
O seu contributo na escola baseia-se na construção de projetos e parcerias que possibilitam o desenvolvimento de competências académicas, pessoais e sociais dos alunos da Educação Especial para a transição para a vida ativa ou para o acesso ao ensino superior. Um dos seus projetos inovadores é o Inclusion Project 21 – Centro de Apoio à Aprendizagem, que conta com duas vertentes, o “Espaço escola e vida” e “Bem-estar emocional e comunicação”.
A professora acredita que, na maioria dos casos, não são as limitações cognitivas, mas sim a ausência de bem-estar que cria a indisponibilidade para aprender. A emoção e as dificuldades comunicacionais caminham lado a lado e manifestam-se no desempenho escolar, induzindo insucesso académico, problemas comportamentais e desmotivação.

ELSA JOÃO CARDOSO MOTA
Leciona a disciplina de Multimédia e é diretora do Curso Profissional na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa. Atualmente, ensina alunos do Ensino Secundário.
Com o objetivo de ajudar os alunos a desenvolver competências de comunicação, confiança, liderança, decisão e resolução de conflitos, a docente desenvolveu e coordena com os alunos vários projetos transversais, em benefício de todo o agrupamento, por exemplo: EçaTV, EçaRádio e EçaNews. Estes envolvem aproximadamente 150 alunos de várias faixas etárias.
Estas iniciativas estão assentes em dinâmicas colaborativas, sendo criadas equipas e líderes, coordenados pela professora, responsáveis pela sua própria aprendizagem e a dos colegas. A inovação, o sucesso na aprendizagem e a motivação dos alunos, surgem como consequências de diversos fatores, caso da participação em concursos, projetos europeus, parcerias com empresas e instituições públicas (em que os alunos têm a oportunidade de trabalhar em contexto real). A par disto, a docente investe na participação ativa, modelos de aulas invertidas, trabalho por projetos, e numa relação pedagógica de proximidade com os alunos e com a comunidade escolar. Um dos seus motivos de orgulho é o contributo que o Ensino Profissional da sua escola tem dado para assegurar oportunidades e percursos de vida para os seus alunos, a nível de emprego, prosseguimento de estudos ou, até, da descoberta de novas vias profissionais em áreas diferentes.

HELENA CRISTINA DE CARVALHO PIRES
Professora de Ciências Naturais, leciona no 3.º Ciclo do Ensino básico, no Agrupamento de Escolas de Álvaro Velho, no Barreiro. Leciona, ainda, Cursos de Educação e Formação (CEF) em Jardinagem. A metodologia empregue pela docente é baseada em projetos colaborativos interdisciplinares, internacionalmente conhecida como STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics), unindo quatro áreas do conhecimento para resolver desafios diversos. Assim, o ensino formal e não formal surgem interligados, incorporando as ciências, tecnologias, engenharias e a matemática na sala de aula com objetivos práticos. Promove também o desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de resolução de problemas, competências fundamentais para preparar melhor futuros cidadãos. Já participou em diversos concursos que providenciaram experiências inesquecíveis aos seus alunos, disseminando nacional e internacionalmente essas experiências, de forma a inspirar outras escolas. A professora leciona também o clube Eco-amigos da Natureza/Eco-escolas.

MARIA CRISTINA BALTAZAR CHAU
Professora de Educação Visual do 2.º e 3.º Ciclo no Agrupamento de Escolas da Lousã, Lousã. Procura desenvolver para a construção de aprendizagens essenciais baseadas no perfil dos alunos, o gosto pela arte, a pesquisa, o método e rigor no trabalho, a sensibilidade estética, a sensibilização para o património e para a sustentabilidade, e as atitudes de solidariedade e de sociabilidade. Para isso, as suas aulas decorrem em espaços diversificados como museus, bibliotecas e ao ar livre, dinamiza projetos com base no trabalho colaborativo e transdisciplinar, tendo em conta a flexibilização de conteúdos e a ligação dos alunos à comunidade educativa.
Com o projeto “Clube do Bem-estar Animal”, contribuiu para a melhoria da autoestima dos alunos, a motivação e a diminuição de comportamentos agressivos, pala além de promover o sentimento de responsabilidade e o dever de cuidar do meio ambiente, formando cidadãos críticos e participativos. Como coordenadora do Projeto Cultural de Escola, cria e dinamiza atividades para diversas turmas, desde o Pré-escolar ao Ensino Secundário, contribuindo para que a arte entre transversalmente na escola e que os alunos formem uma consciência crítica e interventiva. Como exemplo, com o último projeto que dinamizou, Arte em Sintonia com as crianças de Cabo Delgado, conseguiu mobilizar não só os alunos de todos os níveis de ensino do agrupamento, como de outras escolas do país.

MARIA DE FÁTIMA GOMES PAIS FERREIRA
Professora do grupo de Informática do Ensino Secundário no Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, em São João da Madeira. A sua abordagem pedagógica centra-se na triangulação de três componentes: desafios, trabalho em rede e paixão. Desta forma, a professora desafia os seus alunos a superarem-se e, ao mesmo tempo, a contribuírem para a sociedade de forma positiva, estimulando o empreendedorismo. As temáticas trabalhadas têm como base problemas da vida real, que podem surgir dos interesses dos alunos no âmbito de projetos, ou até mesmo integrados em concursos diversos. Sempre que possível, a professora forma equipas multidisciplinares com alunos de diferentes áreas a trabalhar para o mesmo projeto, possibilitando uma aprendizagem cooperativa mais autêntica.
A professora destaca que, ante um projeto desenvolvido pelas necessidades dos próprios alunos, os conteúdos emergem de forma natural, o trabalho mobiliza e potencializa as competências de cada aluno e estes deixam-se contagiar pelo entusiasmo e paixão. Por exemplo, por iniciativa dos alunos, foi desenvolvida a aplicação Sandspace para ajudar os banhistas a identificar as praias menos ocupadas. Mais do que os prémios obtidos, este projeto teve um grande impacto na comunidade educativa e na valorização do Ensino Profissional.

MARIA ELSA DA FONSECA CERQUEIRA
Professora de Filosofia na Escola Secundária de Amarante. Move-se pelo desafio de criar e implementar “pequenas utopias”, com o intuito de potencializar o desenvolvimento de cidadãos críticos e criativos para uma sociedade paulatinamente mais autêntica, isto é, mais humanizada.
A professora combina as suas três paixões: filosofia, cinema e educação, assegurando a transmutação da utopia em realidade. A professora é ainda criadora do projeto “Filosofia com Cinema”, que visa desenvolver o pensamento filosófico de cada aluno, dentro e fora do filme. A ação pedagógica de transformação dialógica permite que cada jovem, em cooperação com os pares, desenvolva, através dos filmes, o seu questionamento, autonomia cognitiva e afetiva, seguindo valores fundamentais como o respeito para com o outro, a tolerância pela diversidade e a solidariedade. A extensão desta ação à comunidade civil torna-os seres ativos capazes de a melhorar segundo o enfoque prático de cidadania esclarecida, interventiva e colaborativa. Desta forma, o aluno-filósofo é estimulado a exercitar o pensamento, descobrindo e construindo ativamente o conhecimento e descobrindo-se, com a orientação da professora, enquanto ser crítico e criativo, além das outras competências consideradas essenciais no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.

MARIA ELSA PADRÃO MENDANHA
Educadora de Infância do Jardim-de-Infância de Seide S. Miguel, em Vila Nova de Famalicão. A inovação no seu método pedagógico consiste em conceber a escola como um todo: usa os espaços exteriores da comunidade como uma extensão do edifício, envolve colegas, assistentes operacionais, famílias e outros elementos da comunidade. A mudança do modelo educacional tradicional para um modelo pedagógico baseado no construtivismo, no humanismo, no naturalismo e na participação, sustenta-se no trabalho colaborativo em parceria com outros professores, tendo dado origem ao projeto: “Sei de um Jardim…para Brincar e Aprender”. Este projeto visa proporcionar uma educação de qualidade, baseada em ações, que favorecem a inclusão, respeitando a singularidade e liberdade de cada criança. Estabelece, assim, uma relação colaborativa de proximidade com a comunidade, numa partilha de recursos humanos e materiais que complementam as práticas educativas. Como resultado, é possível verificar a felicidade e a motivação que as crianças sentem em ir para a escola, também enfatizada pelas famílias.

NUNO JOSÉ DA SILVA TRINDADE DUARTE
Leciona Aplicações Informáticas B a alunos do 12.º ano de escolaridade, no Agrupamento de Escolas de Cister, em Alcobaça. É movido pela paixão de criar oportunidades e acender corações, incentivando a autonomia dos alunos através de projetos reais de impacto pessoal e/ou na comunidade, assumindo ainda um compromisso para com o ecossistema.
É através do uso de ferramentas digitais que este docente gere e organiza todas as etapas do projeto com os alunos. A trajetória conduz os alunos, dos projetos de natureza técnica, ao desenvolvimento e exploração pessoal, ao nível das “soft e meta skills”. Ao longo deste desenvolvimento, são guiados por processos subjetivos e reflexivos, com foco na estrutura de portefólios, até concluírem “O Teu projeto és Tu”. Assim, acredita e defende a necessidade de criar espaços mentais diferentes na relação professor/aluno, considerando-a um processo nuclear.