Já estão identificados os finalistas da Edição 2024 do Global Teacher Prize Portugal.
Fique a conhecer as suas histórias, projetos e práticas inspiradoras.
BELISANDA DE JESUS DA SILVA SOARES TAFOI
Professora no Agrupamento de Escolas da Damaia, na Amadora. Desde o início da sua carreira, em 1980, demonstrou um compromisso profundo com a educação, trabalhando em contextos desafiantes e em diversas regiões, desde áreas rurais até contextos urbanos. Apresenta uma abordagem pedagógica centrada no respeito e na felicidade dos alunos, acreditando que estes são fundamentais para o sucesso educativo. Ao longo dos anos, desenvolveu práticas inovadoras e projetos educativos que vão além do currículo tradicional. Um destes projetos é a “Turma de Acolhimento”, uma iniciativa que visa integrar alunos de diversas origens linguísticas e culturais, promovendo uma educação inclusiva e acessível a todos e combatendo o abandono escolar. Através de métodos de ensino criativos e envolventes, como o Kamishibai plurilíngue, não só melhora as competências linguísticas dos alunos, mas também estimula a criatividade, o pensamento crítico e a colaboração. Este projeto ganhou reconhecimento nacional e internacional, demonstrando a eficácia das suas estratégias pedagógicas na promoção da excelência académica e pessoal dos alunos. Figura respeitada e apreciada pela comunidade escolar, distinguida pelo seu trabalho inovador e pelo impacto positivo que tem na vida dos seus alunos. Fonte de inspiração e um modelo para professores e alunos, a professora Belisanda mostra que a educação pode transformar vidas, independentemente dos desafios.
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HELENA LUÍSA ROCIO DOS SANTOS SARDINHA PEREIRA
Professora de História na Escola Secundária de Casquilhos, no Barreiro. Com uma carreira de 35 anos, tem desenvolvido projetos pedagógicos que combinam teatro, música e investigação histórica, criando experiências de aprendizagem envolventes e multidisciplinares. Um dos seus projetos mais mobilizadores é a coordenação das Jornadas Pedagógicas de História Local. Nasceu como uma atividade em sala de aula e evoluiu para um projeto concelhio, envolvendo várias escolas e a comunidade local. Esta iniciativa permite que os alunos realizem pesquisas históricas e apresentem os resultados em eventos públicos, estimulando o desenvolvimento de competências de investigação, escrita e apresentação oral. Outra iniciativa que merece destaque é o Concurso de Contos, que tem como principal objetivo a promoção da escrita criativa interligada com a História local. Este concurso envolve alunos de várias escolas e culmina com a publicação de um livro de contos ilustrados, enriquecendo a compreensão histórica e literária dos participantes. É também conhecida por integrar as artes no currículo escolar através do projeto “Percursos no Tempo”, envolvendo roteiros histórico-literários criados e guiados pelos alunos, enquanto exploram o património cultural do Barreiro e de Lisboa. Desta forma, promove uma aprendizagem ativa e experiencial que conecta história, literatura e arte. Estas iniciativas não só enriquecem o processo educativo, como também fortalecem os laços da escola com a comunidade, transformando a educação numa experiência coletiva e participativa que transcende os muros da sala de aula.
EUGÉNIA DA CONCEIÇÃO CALADO RODRIGUES PARDAL
ISMÉNIA MARIA GOMES LOUREIRO
Professora de Física e Química na Escola Básica Júlio Dinis, em Gondomar. Desde cedo, a professora Isménia manifestou uma paixão pela educação, encenando aulas e corrigindo testes imaginários. Este entusiasmo levou-a a especializar-se em Educação, com um mestrado focado na Supervisão Pedagógica no Ensino das Ciências. Na sua prática letiva, emprega metodologias ativas e orientadas para a investigação, como a Rotação por Estações e Inquiry Based Learning, que promovem uma aprendizagem dinâmica e efetiva. Além disso, é dinamizadora de um projeto europeu interdisciplinar que integra ciência, tecnologia, robótica, engenharia, arte e matemática, reforçando a inovação e a internacionalização no processo educativo. Incentiva a participação dos alunos em concursos nacionais e escolares, como o ChemRus da Sociedade Portuguesa de Química e o projeto “A ciência e a poesia de mãos dadas”. Estas iniciativas enriquecem o currículo dos estudantes e cultivam competências essenciais como a criatividade, o pensamento crítico e a comunicação eficaz. Através dos seus métodos de ensino, não apenas ensina conceitos científicos, mas inspira os alunos a ver a ciência como uma parte integrante das suas vidas, preparando-os para os desafios de uma sociedade em constante evolução.
JESUÍNO ANTÓNIO MOREIRA SIMÕES
Professor de Física na Escola Secundária Quinta das Palmeiras, na Covilhã, com uma carreira docente que se destaca pela inovação e pelo compromisso em criar um ambiente educativo estimulante e inclusivo. Desde que iniciou a sua carreira em 1994, tem sido um facilitador de aprendizagens, adotando uma abordagem pedagógica que valoriza a interação e a participação ativa dos alunos na construção do seu próprio conhecimento. Na sala de aula utiliza uma combinação de métodos tradicionais e digitais para envolver os alunos. Destaca-se pelo uso eficaz de Recursos Educativos Digitais (RED) para simulações e atividades interdisciplinares STEAM, o que permite uma abordagem prática e contextualizada dos conteúdos de Física e Química. Promove ainda a interdisciplinaridade através de projetos que integram diferentes áreas do conhecimento, como o uso de Nearpod em atividades que ligam literatura, cinema e ciência. Um dos projetos mais inovadores do professor Jesuíno é o desenvolvimento de relatórios orientados para o ensino básico que têm como objetivo desenvolver a autonomia dos alunos e fomentar o pensamento crítico, preparando-os não apenas para exames, mas para desafios reais. Além do seu impacto direto na sala de aula, contribui significativamente para a comunidade educativa ao orientar projetos de grande escala, como a participação dos alunos em olimpíadas científicas e competições tecnológicas. É reconhecido não apenas pelos seus métodos pedagógicos eficazes, mas também pelo seu papel como mentor e inspirador.
MARIA JOÃO GOMES LOPES
Professora de Biologia e Geologia no Colégio de São Gonçalo de Amarante, onde leciona desde 2009. Reside em Amarante, distrito do Porto, e é uma educadora inovadora que implementa métodos de ensino não convencionais para inspirar e envolver os seus alunos. A Professora criou o projeto “BSI – Biodiversidade Sob Investigação”, uma abordagem prática que leva os alunos para fora da sala de aula para estudar a biodiversidade local através da “Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas”, aliando a ciência, tecnologia, engenharia e matemática com as artes ao mesmo tempo que promove uma compreensão holística do conhecimento. Este projeto tem contribuído, significativamente, para o sucesso académico dos alunos e para o reconhecimento da escola, que recebeu a Bandeira Verde do Eco-Escolas em dois anos consecutivos. É Diretora do Curso de Biotecnologia Aplicada e Coordenadora do Programa Eco-Escolas, mostrando um compromisso profundo com a educação ambiental e a inovação pedagógica.
PEDRO DAVID BORRONHA DE PINHO
Professor de Filosofia, Psicologia e Sociologia no Externato de Santa Clara, no Porto. Destaca-se por uma abordagem pedagógica profundamente inovadora e comunitária. Com uma formação sólida em Filosofia, iniciou a sua carreira docente em 2010, percorrendo um caminho rico e diversificado, que inclui experiências em Angola e no Brasil, onde contribuiu significativamente para a formação de estudantes em contextos desfavorecidos. Atualmente, no Externato de Santa Clara, o professor Pedro é responsável pela disciplina de Projeto nos Cursos de Educação e Formação (CEF), focando-se no desenvolvimento de competências através de projetos de intervenção comunitária. Esta abordagem permite que os alunos, muitos dos quais com históricos de insucesso escolar, se envolvam ativamente na resolução de problemas reais da comunidade, aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula em contextos práticos e significativos. Os projetos variam desde produções de documentários e livros, até iniciativas de arte comunitária e campanhas de sensibilização social, refletindo um compromisso com a educação que transcende os limites tradicionais da sala de aula e envolve, ativamente, os alunos na vida da comunidade. Este trabalho não só transforma a experiência educacional dos alunos, como também promove uma conexão mais profunda entre a escola e a comunidade local. A sua prática docente é um exemplo eloquente de como a inovação pedagógica pode efetivamente contribuir para o desenvolvimento de uma educação mais inclusiva e adaptada aos desafios do século XXI.
RUI PEDRO FERNANDES
Professor de Matemática no Ensino Secundário na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real, desde 1996. Destaca-se pelo seu compromisso com a inovação pedagógica e pelo sucesso notável dos seus alunos, muitos dos quais alcançam classificações elevadas no exame nacional de Matemática A. Entre as suas práticas inovadoras em sala de aula, implementou uma metodologia que permite aos alunos ir ao quadro por iniciativa própria, incentivando a participação ativa sem penalização por erros, o que fomenta um ambiente de aprendizagem mais colaborativo e menos intimidador. Pioneiro na utilização de tecnologias digitais para apoiar o ensino, tendo criado e gerido plataformas online para partilha de materiais e apoio aos alunos fora do horário escolar. Criou e lidera o projeto Desmultiplicar que tem introduzido novas práticas no ensino, estimulando o recurso à tabuada de forma independente numa competição lúdica e divertida. Desta forma tem promovido o contato entre colegas de diferentes gerações, conduzindo a uma comunidade educativa motivada. Neste projeto estão envolvidos centenas de alunos do 1º e 2º ciclo assim como alunos do 9º e 10º ano. Colaborou na criação de uma plataforma chamada “Melhorar Mais”, que disponibiliza recursos de aprendizagem organizados por ano e unidade curricular, oferecendo suporte adicional online. Reconhecido pela sua capacidade de estabelecer conexões significativas com os alunos, o professor Rui tem um papel fundamental no apoio emocional e académico dos estudantes, contribuindo, significativamente, para a sua motivação e sucesso escolar. As suas práticas educativas são um exemplo da integração eficaz de inovação pedagógica, uso de tecnologia e atenção ao bem-estar dos alunos no processo educativo.
SANDRA NÓBREGA
Professora de Educação Física e Desporto na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, desde 1996. Licenciada pela FMH, começou a lecionar ainda durante a universidade devido à necessidade de financiar os seus estudos. Desde então, tem-se dedicado ao ensino profissional, especificamente nos cursos técnicos de Desporto, com uma abordagem inovadora e personalizada para envolver e motivar os alunos. É conhecida pelas suas metodologias pedagógicas inovadoras, que incluem personalização do ensino, técnicas de relaxamento e meditação guiada, além de práticas baseadas no método “learn by doing”. Esta abordagem permite que os alunos aprendam através da prática contínua em cenários reais de trabalho, preparando-os efetivamente para o futuro na sua área de formação. Além disso, Sandra lidera o projeto de mobilidade Erasmus+, proporcionando experiências internacionais que expandem as perspetivas culturais e profissionais dos estudantes. Este projeto tem sido fundamental para abrir portas e transformar a vida dos alunos, mostrando a importância de ultrapassar os limites tradicionais da sala de aula e integrar experiências globais no currículo escolar.
SOFIA DAMIANA PIRES DE JESUS
Professora no Agrupamento de Escolas de Real, em Braga. Leciona para o 3º ciclo do ensino básico desde 2001. Descobriu a sua vocação durante o curso de Biologia na Universidade de Coimbra e, desde então, tem dedicado a sua carreira a inovar na educação. As práticas pedagógicas da professora Sofia são reconhecidas pela Direção-Geral da Educação como referências, nomeadamente no âmbito da autonomia e flexibilidade curricular. Incorpora tecnologias avançadas como a Realidade Aumentada nas suas aulas para enriquecer o ensino das ciências. A sua abordagem inovadora também se reflete no desenvolvimento de cenários de aprendizagem que integram diversas competências e estilos de aprendizagem dos alunos, garantindo que cada um encontra o seu próprio caminho no processo educativo. É conhecida por criar projetos que estimulam o interesse e a participação ativa dos estudantes, como o projeto “Era uma vez… com ciência”, que lhe valeu reconhecimento na 5ª Edição do selo Escola Amiga da Criança. Esta iniciativa exemplifica o seu compromisso em integrar a educação científica com a criatividade e interatividade, preparando os estudantes para um futuro dinâmico e multidisciplinar.